Título original: Topping From
Below
Autor: Laura Reese
Editora: Galera Record (Grupo Editorial Record)
Gênero:
Assassinato/Hot/Suspense
Ano: 2012
Páginas: 464
ISBN: 8501400785
Lido em: Dezembro de 2012
Nota: 4 estrelas
Sinopse: Chicotes, roupas justas de vinil negro, um cachorro dinamarquês. O prazer bizarro do sadomasoquismo não fazia muito sentido para Nora Tibbs, jornalista de uma cidadezinha da Califórnia. Isto até o brutal assassinato da irmã. Obcecada pela ideia de encontrar o criminoso, Nora se deixa conduzir pelo misterioso M. por um mundo de jogos perversos, sem regras ou limites, descobrindo os desejos mais primitivos e sensações antes inimagináveis. Atraída pelo magnetismo excêntrico de M., ela só não desconfia que a morte acompanha seus passos e pode até estar ao seu lado, na cama.
Suspense com altas doses do mais inusitado tipo de erotismo estão em Falsa Submissão, uma história perturbadora que marca a estreia literária da americana Laura Reese.
Sem dúvida nenhuma esse livro
foi o mais TENSO que eu já li em toda a minha vida, não esperava que fosse ser
tão pesado assim.
É uma boa história de
assassinado que te faz se perguntar quem será o assassino que matou a Franny, irmã da
protagonista Nora. Confesso que enquanto eu lia, eu desconfiava de todos os
personagens, mas acabou me surpreendendo porque o assassino era óbvio demais,
coisa que não esperava, e por isso gostei.
O livro não fala apenas de
sexo pesado cheio de palavras de baixo calão, como também assassinato e a
solidão que pode levar as pessoas a cometerem loucuras, completamente
irracionais, sem saber mais distinguir o que é o melhor e o pior para si.
Acho que fiquei com pena, e ao
mesmo tempo morrendo de raiva, dos mesmos quatro personagens principais: Nora,
Franny, M. e Ian. Não sabia se sentia compaixão por eles ou se os desejava na
cadeia. Todos tiveram motivos que explicavam suas ações, embora não as
justificasse.
Esse tema pesado não faz muito o meu tipo, está completamente fora da minha zona de conforto, mas preciso reconhecer que a história é muito boa sim, cheia de mistérios que te fazem ficar tão ansioso para descobrir a verdade quanto a Nora.
É um livro que deveria ser lido apenas por maiores de 18 anos.
• M. por exemplo nunca deu
valor à Franny que era completamente apaixonada por ele, sempre a humilhou e
gostava se vê-la sofrer, embora o destino que ele teve, o modo que terminou no
livro, tenha me deixado profundamente chocada e não tenho certeza se ele
merecia tanto. Era realmente uma pena que ele seja do jeito que é e tenha feito
o que fez, porque ele havia se apaixonado pela primeira vez na vida. Ele até
começou a se abrir e contar seus temores e fraquezas. Com quantos homens iguais
a ele acontece isso? É realmente raro e algo para se dar valor e levar em
conta.
• Nora é a protagonista que
quer fazer de tudo para descobrir quem foi o assassino da sua irmã, e por isso
acaba adotando o provérbio de que “os fins justificam os meios”. Quer ver a
justiça sendo feita para ter paz de espírito. Ela consegue o que quis, mas a um
preço muito alto. A experiência que ela passou a mudou para sempre e nunca mais
será a mesma. E ela também não é nenhuma santa para julgar alguém. Eu sei que
ela sofreu muito no passado e ninguém a apoiou, mas mesmo assim ela
praticamente sempre escolheu o que era mais fácil do que o que era certo, e só
foi se dar conta disso quando já era tarde demais.
• Franny sempre se sentiu
responsável pela morte do irmão caçula, algo que ela carregou consigo pelo resto de
sua vida, não importava o que os outros diziam. Ela também sempre foi muito
sozinha, não tinha realmente ninguém com quem pudesse conversar e sempre foi
muito educada para pedir ajuda para alguém, pois nunca queria incomodar ninguém
com seus problemas. Logicamente ela acaba se apaixonando perdidamente e
cegamente pela única pessoa que realmente se preocupou em conversar com ela e
ouvi-la. A solidão a levou a extremos inimagináveis, deixando-a completamente
irracional.
• Ian era do tipo que sempre
tentou fazer o que era certo, embora tivesse graves recaídas quando chegava ao
seu extremo. Era humano o suficiente para reconhecer e se arrepender do erro
que cometeu, embora não pudesse se redimir e o estrago já estaria feito.
Também gostei particularmente
de um trecho de Nietzsche que a autora coloca no livro e que tem tudo a ver com
a história: “Aquele que luta com monstros
deve se certificar de que, ao fazê-lo, não se torne um monstro. E quando olhar
no fundo do abismo, o abismo também olha no fundo de ti”.
Nossa esse tbm não é meu tipo de leitura porém eu iria querer ler pelo mistério da morte da irmã. Mas só por isso. Gostei da resenha, que bom que vc até gostou do livro.
ResponderExcluirBeijos
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