Título original: Le Fabuleux Destin D’Amélie Poulain
Direção: Jean-Pierre Jeunet
Distribuição: Miramax Films
Estreia: 25 de Abril de 2001
Duração: 122 minutos
Classificação: 14 – Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero: Comédia/Romance
País de origem: França
Elenco: Audrey Tautou, Mathieu Kassovitz, Rufus, Serge Merlin, Claire Maurier, Clotilde Mallet, Isabelle Nanty, Flora Guiet
Nota: 5 estrelas / Favorito
Sinopse: Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertence ao antigo morador, decide procura-lo e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.
Amélie Poulain é uma jovem que, desde criança, sempre deu valor às coisas simples da vida a ponto de conseguir se divertir sozinha com isso.
Seus pais sempre foram muito rigorosos a ponto de não demonstrarem afeto e nem abraça-la, o que a fazia desejar receber atenção ardentemente. Ela não conseguia evitar que seu coração batesse descontroladamente sempre que seu pai médico se aproximava dela e fazia o check-up mensal, o que o fez pensar que ela era sensível e tinha algum problema no coração, sendo assim proibida de ir à escola e interagir com as outras crianças.
Sua mãe era quem dava aulas a ela, até o dia que uma fatalidade a matou e Amélie cresceu sozinha na casa, tendo por companhia apenas o pai que vivia absorto num mundo de sonhos.
Quando completou 23 anos, Amélie finalmente saiu de casa e mudou-se para o bairro Montmartre, onde começou a trabalhar como garçonete no café Les 2 Moulins.
Numa noite, distraída com a reportagem da televisão que anunciava a morte de Lady Di que a deixou chocada, Amélie encontra uma antiga caixinha com brinquedos e fotos cheias de poeira que ela decide devolve-la ao dono que é o antigo morador do apartamento em que ela está morando atualmente.
Quando finalmente consegue localizá-lo e o sujeito se comove com todas as antigas lembranças de sua infância, Amélie decidi cumprir a promessa que fez a si mesma: ajudar todas as pessoas ao seu redor com gestos simples e fazê-las feliz como fazia Lady Di, vendo nisso um novo sentido para a sua existência.
Mas ao trazer tanta felicidade à vida das pessoas, ela acaba se esquecendo de uma pessoa vital, ela mesma.
Amélie tenta se convencer que a razão da sua felicidade é a felicidade dos outros, mas a verdade é que ela tem medo de correr atrás da própria felicidade, algo que só depende dela mesma.
__________
Assisti esse filme pela primeira vez quando eu estava no terceiro ano do ensino médio. Minha professora de literatura colocou para a nossa turma assistir e, embora eu tenha gostado muito, eu não tinha entendido muito bem a mensagem.
Só o que eu tinha visto no filme eram coisas simples. Cadê a grandiosidade, grandes acontecimentos?
Só alguns anos mais tarde que eu comecei a parar para prestar atenção no que o filme realmente queria dizer. É a simplicidade que move ele, é de coisas simples do dia-a-dia que ele é feito. Coisas pequenas que nos faziam tão felizes quando éramos crianças, mas que abandonamos quando crescemos para lidar apenas com coisas complicadas.
Esse foi o filme com que mais me identifiquei, mais do que qualquer outro que eu já assisti na vida.
Sempre fui uma pessoa tímida que fica na minha. Não tenho pais neuróticos, mas gostava de me divertir sozinha com coisas simples quando eu era criança.
Na verdade, até hoje em dia é assim. Dispenso facilmente uma balada numa sexta ou sábado a noite para ficar em casa lendo livros ou assistindo filmes sozinha. Tem gente que acha isso humilhante, pois eu acho muitíssimo prazeroso.
E verdade seja dita, eu tenho a péssima mania de passar pela vida nas pontas dos pés, sem me arriscar, a fim de evitar me decepcionar com coisas e pessoas que podem dar errado.
Por isso imagine o quanto não me arrepiei com a frase do filme “Você não possui ossos de vidro, pode suportar os baques da vida”.
Até parecia que estava falando comigo.
“E ela? E a bagunça da vida dela? Quem vai pôr ordem?”
Não sou do tipo que sai por aí espalhando a justiça e fazendo o bem para todo mundo ao meu redor. Mas faço a minha parte como ser humano e não pioro as coisas. Nunca jogo lixo no chão, ajudo alguém na rua que está perdido e me pede informação, faço favores.
Mas sei que tenho que pensar mais em mim mesma também, pois infelizmente não existem muitas pessoas no mundo com essa atitude de querer ajudar.
E pra completar as “coincidências”, atualmente estou com 23 anos, enquanto faço essa resenha. A mesma idade que a Amélie perdeu o medo da vida e foi ser feliz. Será que isso acontece comigo? Vou perder o medo esse ano? Hahaha
Mas voltando a falar do filme – e não de mim –, o mais elogiado nesse filme é a fotografia que apresenta uma paleta de cores viva. As principais cores que são vermelho, verde e amarelo foram inspiradas pelas pinturas do artista brasileiro Juarez Machado. Até mesmo os olhos de Amélie são negros, sem íris, como as figuras nos quadros de Juarez.
Um exemplo de um quadro e de uma cena do filme você confere abaixo:
Enfim, assistam ao filme que ele é super recomendado. Filme obrigatório para todo bom amante de cinema.
Baixei esse filme já a algum tempo, mas ate hoje não assisti.
ResponderExcluirAgora tenho que assistir de qualquer jeito , fiquei morrendo de curiosidade.
http://passarosjanela.blogspot.com.br/