Lylú, para sempre no meu coração



No último dia 09/12, uma quarta-feira de manhã, minha gata Lylú faleceu. Ela tinha 13 anos e 9 meses e estava velhinha e doente, extremamente fraca, já estávamos dando remédios receitados pela veterinária e também ração especial, mas infelizmente ela não resistiu e morreu. 

Claro que fiquei extremamente arrasada, afinal eu e minha família ficamos com ela por 13 anos maravilhosos, com ela nos fazendo muito felizes, e ela foi bastante mimada e amada por todos nós, mas infelizmente chegou a hora dela. 

Resolvi fazer esse post como um legado, apenas contando como ela era porque eu quero me lembrar dela pra sempre. Não pretendia fazer um post tão grande assim, mas foi o que saiu enquanto escrevia e eu não quis mudar nada nele.

Ah, e um post relacionado que já fiz aqui no blog sobre a Lylú foi esse: TAG: Meu Bichinho de Estimação – Lylú
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O início
Lylú nasceu em fevereiro de 2007, mas como não sabíamos o dia exato, resolvemos escolher o dia 17 pra ficar junto com a minha irmã que faz aniversário no dia 17/02. 

Porém só fomos conhece-la mesmo em julho desse ano, quando fomos visitar um tio meu que tinha uma gata que tinha dado cria e os filhotes já estavam com cinco meses. Um deles era a Lylú. Resolvemos adotá-la para fazer companhia a um gato macho que a gente já tinha, e também porque ela era fêmea (sempre gostamos de ter um macho e um fêmea de gatos na família, mas claro, sempre castrados, nunca pra procriar). E levamos ela pra casa. 

Na época morávamos numa casa que ficava num terreno de final de rua que pertencia ao meu avô e no qual apenas a família podia construir casas ali se quisesse, então nós vivíamos rodeados dos nossos parentes. 

Lylú era uma filhote super fofa, brincalhona, cheia de energia. Ela corria por aquele terreno inteiro, subia em árvore e sabia voltar para casa depois. Ela também tentava brincar com o outro gato, mas ele já era mais velho e não estava a fim, haha. Ele era todo preto, coisa mais linda, e tinha o nome mais manjado de todos pra um gato preto: Salem. 

Bom, uma amiga minha da escola tinha uma cachorrinha chamada Capitu, e ela resolveu mudar o nome dela para “Kapytu” em homenagem a uma outra amiga nossa que se chama Jessyka. Sim, com Y e K. Daí eu resolvi ir na onda e mudar o nome da gata, que inicialmente se chamada “Lilú”, para “Lylú” com Y. Foi na brincadeira, mas que ficou. 

Os anos passaram e infelizmente o Salem faleceu com 4 anos. Nós não sabíamos que ele comia comida do lixo sempre que saía para passear no terreno (a Lylú não fazia isso), e quando ele ficou muito doente, já era tarde demais. 
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Um novo lar e momento ruim 
Ficamos apenas com a Lylú, até que em junho de 2009, quando ela tinha apenas 2 anos, nós nos mudamos. Fomos morar em um apartamento que ficava no terceiro e último andar de um condomínio fechado. Um lugar menor do que a casa, mas que mesmo assim gostamos muito. Claro que colocamos tela em todas as janelas para que a gata ficasse segura. 

Ela estranhou muito no início, mas como nós estávamos sempre por perto fazendo carinho pra ela se acalmar e mostrando o apartamento (onde ficavam a água e comida e também a caixa de areia), logo ela se adaptou muito bem e ficou à vontade. O máximo que ela tinha permissão pra sair era no corredor bem em frente ao apartamento e que é ao ar livre onde bate sol, e logo ela aprendeu que deve ficar somente ali, sem subir no muro ou descer as escadas. 

Infelizmente aconteceu somente uma vez de ela não obedecer e subir no beiral do vizinho que não tinha tela, nós chamamos desesperados, mas ela não vinha, batemos na porta da vizinha pra pedir para ela nos deixar pegar a gata na janela dela, mas a mulher não apenas não abriu a porta, como também empurrou a gata do terceiro andar. 

Foi um dos momentos mais desesperadores da minha vida, parecia que eu estava vendo em câmera lenta ela ser jogada no ar e cair três andares. A sorte extrema é que ela caiu exatamente no jardim, na terra fofa e sobreviveu, não machucou nada. Não fomos brigar com aquela vizinha mal amada pra não criar confusão, ainda mais porque éramos novos no condomínio e a gata estava bem, mas o karma agiu depois, ela morreu uns anos mais tarde (já era idosa), enquanto que a Lylú esbanjava saúde, haha. 

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A chegada do Garu 
Bom, no mesmo ano que mudamos pra esse apartamento, resolvemos adotar outro gato, daí em outubro de 2009, chegou o Garu, macho de pelo laranja, coisa mais linda e fofa, e que como sempre, foi castrado depois. A ideia era um fazer companhia para o outro, mas a Lylú não curtiu muito essa ideia, haha. 

Primeiro a Lylú morreu de ciúmes e não queria ficar perto dele, vivia miando chorando, por mais que a gente fizesse de tudo pra dar carinho e atenção pra ela, mostrar que ela não seria esquecida só porque agora tinha um novo gato, haha, mas ela continuava miando. Um dia minha mãe se cansou dos miados e colocou ela perto dele forçada mesmo, e desse dia em diante ela teve que aprender a conviver com ele. 

A Lylú era um pouco estranha, nunca entendemos direito as atitudes dela com o Garu. Depois que eles se acostumaram um com o outro, eles começaram a brincar de “lutinha” porque o Garu ainda era um bebê e super brincalhão, cheio de energia, e a Lylú brincava com ele, nunca brigaram de verdade. 

E ela também gostava de lamber ele e ele ficava parado curtindo as lambidas, mas depois que cansava de lamber, ela dava uma patada na cara dele [?] assim do nada. Ela fazia isso sempre, se aproximava pra lamber ele, e logo em seguida batia nele, não adiantava a gente brigar com ela pra ela não fazer isso, ela continuava. Claro que logo o Garu aprendeu a não aceitar mais as lambidas dela, porque ele já sabia que ia apanhar dela logo em seguida, daí já se afastava quando ela chegava pra lamber. 

Quando o Garu cresceu e eles pararam de brincar de lutinha, eles passaram no máximo a se aturar, mas nunca chegaram a se gostar de fato. 

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A vida dela ao longo dos anos 
Quando estava naquele terreno e era mais jovem, a Lylú vivia correndo pra todo lado e era super magrela, mas depois que nos mudamos para o apartamento e não tinha tanto lugar assim pra correr, a Lylú sossegou demais. Ela amava passar a maior parte do dia dormindo na caminha dela, só sabia comer e dormir, e foi engordando bastante com o passar do tempo. Nunca apresentou nenhum problema de saúde, mas adorava levar essa vida super acomodada no canto dela sem ser incomodada por ninguém. 

Mas uma coisa que ela amava demais era levar tapinhas no bumbum, hahaha. Sério, a gente não podia sentar no sofá que ela vinha correndo pra se esfregar na nossa perna e esperar parada os tapas que a gente dava, mas claro que tapas sempre leves. Ela miava, se esfregava mais ainda nas nossas pernas e esperava por mais tapas que ela adorava. Era uma característica muito esquisita e única dela. 

Ela gostava de todos nós da família, mas ela tinha um carinho especial pelo meu pai. Ele não podia colocar o primeiro pé pra dentro de casa que ela já vinha correndo pra dar oi pra ele e miar enlouquecidamente, como se quisesse contar o dia dela, hahaha. Ela amava demais o meu pai, e claro que meu pai também era super apegado a ela, era o xodó dele, fazia tudo o que ela queria, mimava demais essa gata. E a Lylú receber os tapas dele era o auge pra ela, só faltava se derreter toda, haha. 

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Os últimos meses 
Por 13 anos a Lylú sempre foi de ficar mais na dela, quieta no canto dela, dormindo na caminha, exceto pelos momentos que estávamos na sala e ela pedia por tapas. Porém, nós notamos que em 2020 ela mudou

Ela começou a querer ficar o tempo todo no meio da gente, na companhia de alguém, não mais sozinha no canto dela. Se eu estava no meu quarto, ela passou a pedir pra entrar pra deitar na minha cama e dormir lá. O mesmo acontecia com todos daqui de casa, todo dia ela escolhia alguém e pedia pra ficar perto. Era estranho porque ela não era assim, a vida inteira ela preferiu ficar sozinha, porém agora queria ficar grudada, o mais próxima possível de alguém, e sendo super carinhosa. 

Nós notamos também nesses meses que ela começou a emagrecer muito. Sempre foi bem gordinha, porém ela perdeu peso assustadoramente rápido. Comia bem pouco e com intervalos cada vez maiores. Estava estranho. 

Em outubro de 2020 nós começamos a levar ela no veterinário e para fazer exames. Me partiu o coração isso porque ela não estava mais acostumada a sair de casa desde que nos mudamos para o apartamento, então ela ficou extremamente assustada sempre que andava de carro e íamos pra algum lugar que ela não conhecia, miava alto, e era triste de ver, ainda mais ela nesse estado, tão fraquinha como estava. 

Começamos a comprar remédio para ela e também uma ração especial. Tanto os exames, quanto essas compras, não saíram nada barato, mas claro que para ela valia a pena. Só não era fácil dar os remédios pra ela e fazê-la comer a ração especial (já que ela estava comendo cada vez menos), mas tentamos muito. 

Por fim na manhã do dia 09 de dezembro, uma quarta-feira, quando minha mãe levantou cedo, a Lylú veio miando pra ela como sempre, mas estava mais fraca do que nunca. Ela deitou no chão sem forças e minha mãe contou que se abaixou perto dela, fazendo carinho para acalmá-la e agradecendo por tudo, por aqueles anos maravilhosos que a Lylú nos proporcionou. E então ela faleceu. 

Nem preciso falar que fiquei arrasada, chorei o dia inteiro, ficava lembrando de todos os bons momentos que passamos juntas e de quanta falta eu iria sentir. 13 anos e 9 meses em companhia de alguém não é pouca coisa, ainda mais um pet que me fez tão feliz. Todos nós daqui de casa ficamos extremamente tristes, mas imagina o meu pai que era tão apegado a ela. Não foi fácil. 

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Legado 
Eu acredito quem em 2020 ela mudou e passou a ficar o tempo todo perto de nós, e não mais só dormindo sozinha no canto dela, para curtir a nossa companhia o máximo possível, e nós a dela. Ficarmos juntos bastante como uma espécie de despedida, e eu nem sabia disso. Que bom que ela fez isso. 

E por mais que seja injusto um gato viver tão pouco tempo (uma média de 15 anos) e ser extremamente triste quando ele parte, ainda assim vale MUITO a pena adotar um. Quantas risadas soltei com as brincadeiras com a Lylú, quanto amor senti só por ela estar por perto, quantas vezes ela esteve perto de mim roçando em mim e me lambendo em momentos difíceis que passei, quantas vezes ela me fez feliz só por existir! 

Muito obrigada por esses 13 anos e 9 meses maravilhosos ao seu lado, Lylú.
Descanse em paz, minha bebezona <3 

Lylú
(17/02/2007 – 09/12/2020)


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